Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert

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Minerais

O termo mineralogia deriva da palavra latina MINERA, de provável origem céltica, (mina, jazida de minério, filão), que forma o adjetivo do latim mineralis, “relativo às minas” e o substantivo do latim minerale (produto das minas), que deu origem ao adjetivo e substantivo português mineral, acrescido do sufixo grego logía (ciência, tratado, estudo). Portanto:

 

“Mineralogia é o estudo dos minerais em todos os seus aspectos (químicos, físicos, de formação/origem, ocorrência e seus usos/aplicações). ”

 

A definição de mineral possui algumas controvérsias:

  1. para alguns é toda substância homogênea, sólida ou líquida, de origem inorgânica e que surge, naturalmente, na crosta terrestre, normalmente com composição química definida e, que se formada em condições favoráveis, terá estrutura atômica ordenada condicionando sua forma cristalina e suas propriedades físicas;
  2. para outros, trata-se de substância com estrutura interna ordenada (cristais), de composição química definida, origem inorgânica e que ocorre naturalmente na crosta terrestre ou em outros corpos celestes.

Logo, mineral é considerado:

i) um sólido homogêneo (quanto as suas propriedades físicas e químicas) ou que exibe variações sistemáticas restritas

Segundo o primeiro item, os minerais, na grande maioria são substâncias sólidas; portanto são excluídos desta definição os gases e líquidos, com exceção do mercúrio nativo (Hg). De acordo com alguns autores, a água no estado líquido e/ou vapor não é considerada um mineral, entretanto a água no estado sólido, o gelo, formado em altitudes elevadas e/ou em geleiras constitui um mineral.

ii) de composição química definida (composições variáveis dentro de certos limites);

Em relação ao segundo item, os minerais de mesma espécie sempre têm a mesma composição, podendo ser constituídos por um elemento ou um composto químico. São representados por seus símbolos químicos, como por exemplo, o carbono – C, o ouro nativo – Au, etc., ou por sua fórmula química, como por exemplo, a galena – PbS, o quartzo – SiO2, etc. A composição de muitos minerais varia dentro de certos limites e/ou intervalos, isto é, não possuem composição fixa a exemplo da olivina, a qual apresenta variações desde um silicato puro de Mg2SiO4 (forsterita) até silicato puro de Fe2SiO4 (faialita).

iii) com estrutura cristalina (estrutura reticular = ordem atômica tridimensional dos seus átomos, denominado de estrutura do cristal);

De acordo com o terceiro item, os minerais têm suas moléculas e átomos dispostos sistematicamente e organizados tridimensionalmente em agrupamentos geométricos, que às vezes, sob condições favoráveis, se manifestam exteriormente constituindo sólidos geométricos, ou seja, formam cristais – este é o critério do estado cristalino.

iv) de origem inorgânica;

Segundo o quarto item são excluídos da definição de mineral todas as substâncias de ocorrência natural e que são produzidas por plantas e animais. Conforme este critério, o carbonato de cálcio, resultante da precipitação química, depositado no fundo dos oceanos, é considerado um mineral (especificamente o mineral calcita – CaCO3), mas o carbonato de cálcio presente nas conchas calcárias de moluscos (calcita biogênica) não é considerado um mineral. De acordo com essa definição, o carvão, o petróleo, o âmbar, a pérola produzida por um animal, “pedras” formadas nos rins e vesículas dos animais, embora sejam de origem natural, também não podem ser considerados um mineral. Entretanto para alguns mineralogistas, a procedência orgânica não é um obstáculo à atribuição de mineral para o âmbar (resina fóssil – 78% C, 10% H e 11% O) e a melita (sal de ácido orgânico – Al2[C6(COO)6].16H2O), mas é exigido que os caracteres externos tenham desaparecido, como a estrutura e forma orgânica, reveladores de origem de tal natureza. Apoiados nisto, não são admitidos como minerais: as petrificações fósseis, apesar de sua matéria ser de natureza mineral; e os combustíveis fósseis (hulha, petróleo) – são misturas pertencentes ao grupo das rochas sedimentares.

v) de ocorrência natural na crosta terrestre.

Conforme o quinto item, os minerais devem ser resultado de processos formativos naturais, excluindose todas as substâncias fabricadas pelo homem. Como exemplos podemos citar o cimento, vidro, minerais sintéticos e/ou cristais (ex: rubi sintético – Al2O3, esmeralda sintética – Be3(Cr,Al)2(Si2O18), etc., que, embora apresentem composição química igual a substâncias e/ou compostos encontrados na natureza, não são considerados minerais.

 

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