Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert

Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert

Banco de Dados

Por letra do alfabeto

Basalto

Categoria

Rochas

Classificação

Basaltos são rochas com teores de SiO2 entre 45 e 52%, com teor de álcalis totais (Na2O + K2O) menor que 5%. Quimicamente podem ser subdivididos ou classificados de acordo com o diagrama AFM (Ivine & Baragar, 1971 – Figura 1A), em basaltos toleíticos e alcalinos, e de acordo com o diagrama SiO2 versus (FeOT/MgO) (Myiashiro, 1975 – Figura 1B) em cálcio-alcalinos, fracamente cálcio-alcalinos e toleíticos.

De acordo com o diagrama de mineralogia normativa Diopsídio (Enstatita + Ferrossilita + Wollastonita) – Olivina (Forsterita + Fayalita) – Hiperstênio (Enstatita + Ferrossilita) (Chayes, 1966), os basaltos são classificados em alcalinos e subalcalinos (Figura 1C), enquanto no diagrama tetraédrico basáltico (Yoder e Tilley, 1962) estas são classificadas em basaltos alcalinos, olivina basaltos, olivina toleítos, hiperstênio basaltos e toleítos (Figura 1D).

 

Os basaltos também podem ser classificados de acordo com o ambiente tectônico no qual se estabeleceram, em MORB (mesoceanic ridge basalts – basaltos de cadeia meso-oceânica), que são empobrecidos em elementos químicos incompatíveis, principalmente elementos litófilos de raio iônico grande (LILE – large ion litophile elements) e elementos terras raras leves (LREE – light rare earth elements), OIB (ocean island basalts – basaltos de ilhas oceânicas), que são enriquecidos em elementos químicos incompatíveis, e basaltos intracontinentais. De acordo com as variações químicas observadas nos basaltos do tipo MORB, estes podem ainda ser subdivididos em N-MORB (normal mesoceanic ridge basalts – basaltos normais de cadeia meso-oceânica), E-MORB (enriched mesoceanic ridge basalts – basaltos enriquecidos de cadeia meso-oceânica) e T-MORB (transitional mesoceanic ridge basalts – basaltos transicionais de cadeia meso-oceânica).

Descrição Macroscópica

São rochas holocristalinas, hipocristalinas ou raras vezes vítreas, com matriz afanítica. Normalmente apresentam estrutura isotrópica, mas podem preservar estruturas de fluxo quando efusivas, como pahoehoe, cordada ou fluidal, e estruturas miloníticas ou cataclásticas quando intrusivas.

Classe de coloração

Máfica, Mesocrática, Melanocrática

Mineralogia essencial

clinopiroxênio e olivina (55-35%); plagioclásio cálcico (An > 50% – labradorita) (40-60%); pode conter matriz vítrea ou vidro vulcânico.

Minerais acessórios

óxidos (cromita, titanomagnetita ou ilmenita); apatita; pode conter piroxênio com baixo teor de cálcio (enstatita ou pigeonita), olivina, nefelina ou outro feldspatoide como minerais qualificadores, sendo que piroxênios com baixo teor de cálcio e feldspatoides não podem coexistir neste tipo de rocha. Como minerais secundários, produto de alteração ou anquimetamorfismo, pode ocorrer serpentina, iddingsita, esmectita, clorita ou sericita.

Texturas e microestruturas

Os tipos holocristalinos costumam apresentar textura pilotaxítica, subofítica ou ofítica; os tipos hipocristalinos podem apresentar textura vitrofírica, variolítica, intersertal, intersticial ou hialopilítica; enquanto os tipos vítreos são geralmente maciços ou compactos, com cristalitos e microlitos denominados de taquilita. A granulação, muito fina a fina, possui uma distribuição serial do tamanho dos cristais. Em geral são afíricos, mas quando mais evoluídos, podem apresentar fenocristais ou microfenocristais de olivina, piroxênio (em geral augita diopsídica) ou plagioclásio (anortita, bytownita, ou mais frequentemente, labradorita).

Gênese

Rochas efusivas originadas de magmas basálticos provenientes da fusão do manto. Raras vezes podem se apresentar como litotipos intrusivos hipoabissais. Representam rochas parentais (primárias e menos evoluídas) da maioria dos magmas mais evoluídos formados por processos de diferenciação.